Muitas vezes se associa estar sozinho a tristeza e isolamento, mas na verdade é tão possível estar sozinho e realizado como acompanhado e solitário. Em circunstâncias normais, a solidão tem vantagens, se se souber tirar proveito dela.
Um artigo do jornal Observador abordou recentemente como, ao contrário do que se possa pensar, estar sozinho pode ter benefícios.
O mais óbvio é a sensação de tranquilidade, pois constitui, segundo um outro artigo do jornal espanhol El País, citado pelo Observador, uma pausa na constante comunicação e reunião de que o ser humano está rodeado nas sociedades contemporâneas.
Algumas investigações apontam também no sentido de que as pessoas que apreciam passar tempo sozinhas geralmente são mais criativas e inovadoras e de que viver só, por exemplo, pode potenciar a socialização e ajudar a desenvolver a capacidade de empatia.
Saber estar sozinho pode significar uma maior independência, menos ansiedade, um maior autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, uma maior valorização do tempo passado com os outros e uma maior qualidade das relações.
No entanto, nem tudo são rosas e existe um reverso da medalha: a solidão pode também conduzir ao isolamento e afetar negativamente a saúde mental e física. Persiste também ainda, a nível social, uma visão negativa da solidão, que a associa à tristeza, abandono ou falta de competências sociais, levando ao medo de estar sozinho.
Esta análise das vantagens e desvantagens da solidão é especialmente pertinente numa altura em que, de acordo com o Professor Rober Lang, grande parte das pessoas acabará a viver sozinha em algum momento das suas vidas, uma vez que se casa cada vez mais tarde, as taxas de divórcio estão a aumentar e se vive por cada vez mais tempo.
A principal questão que se prende com a solidão é que mais do que um estado, ela representa uma emoção: estar só é diferente de sentir-se só.
Uma pessoa pode estar acompanhada e sentir-se terrivelmente só. Por outro lado, uma pessoa que saiba estar sozinha e que aprecie esses momentos, colhe os benefícios que eles lhe trazem e usa-os a seu favor, para a sua própria construção pessoal.
A solidão pode, em circunstância normais, ser companheira. O caminho do Reiki, tal como o caminho da vida, é um percurso de dentro para fora, do encontro consigo mesmo para o encontro com os outros.
Esta filosofia de vida e terapia complementar ajuda a equilibrar as emoções e a libertar bloqueios, abrindo espaço para um diálogo interno através do qual, com o tempo, perceberá que todas as respostas e toda a felicidade estão encerradas em si mesmo, e que o contacto com os outros é, ao invés de uma necessidade emocional, uma extensão maravilhosa e uma partilha dessa realização interior.
comentário ” só” acompanhado de tudo…