Um estudo conduzido pela Universidade de Huddersfield conclui que o Reiki, enquanto terapia complementar, pode melhorar a qualidade de vida de doentes com cancro, uma vez que reduz os seus níveis de ansiedade, depressão e fadiga.
As conclusões da investigação piloto vão ser apresentadas na próxima conferência da British Psychosocial Oncology Society, a decorrer nos dias 19 e 20 de Março, em Leeds.
O projecto foi desenvolvido pela Dr.ª Serena McCluskey, investigadora da Universidade de Huddersfield, pela Professora Marilynne Kirshbaum e pela Dr.ª Maxine Stead, que possui experiência na área da psicossociologia oncológica e que é actualmente Mestre de Reiki e proprietária de um spa holístico em Huddersfield.
Durante um ano, as investigadoras conduziram entrevistas detalhadas a dez mulheres que receberam tratamentos de Reiki em duas unidades de saúde locais.
Entre os benefícios encontrados estão a libertação do sofrimento emocional, uma melhor relação com a doença e sensações de relaxamento e paz interior.
Segundo Maxine Stead, as consequências positivas do tratamento duraram até quinze dias, proporcionando às pacientes “uma fuga daquilo por que estavam a passar. Elas estavam sujeitas a muitos tratamentos, e o Reiki era um escape e pareceu ajudá-las a aceitar a situação. Tirou-as da sua escuridão”.
A equipa acredita que existem razões para adicionar o Reiki às terapias complementares disponibilizadas pelo sistema nacional de saúde britânico.
“A acupuntura e outras técnicas que eram vistas como pouco ortodoxas são disponibilizadas pelo sistema nacional de saúde, por isso pensámos que apenas era necessária mais investigação sobre o Reiki”, afirma Serena McClusky, concluindo que “não estamos a sugerir que vamos conseguir estabelecer uma eficácia científica, mas estamos a adicionar ao conjunto de evidências os benefícios que tem para a qualidade de vida de mulheres com cancro”.
O grupo pretende publicar as conclusões do estudo e espera expandir a sua investigação.
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